Vivemos um momento histórico em que, tendo atitudes e sendo honesta, a pessoa pode, sim, alcançar a qualidade de vida que deseja. Porém existem aspectos que diferenciam quem pode progredir e quem será mais um nas fileiras dos que “patinham” “patinham” e não saem do lugar, reclamando do governo, do chefe e do mundo pelo declínio enfrentam. A pobreza tende a ser resultados de ambiente não favorável mas, principalmente, de escolhas.
Dentro das mentorias de Personal Support (Suporte baseado em ferramentas cientificamente comprovadas) que oferecemos uma das primeiras coisas que observamos em clientes dos mais diversos pontos do país é quanto há o aproveitamento útil do tempo e o foco em alcançar o futuro dos sonhos.
Lamentavelmente tem gente que fica mais de 5 horas por dia num aparelho de celular e mais algumas horas na frente da televisão ou em games. Não que eu seja contra a prática, mas que haja ponderação e parte deste tempo seja fracionado para os usuários saírem da condição de, meros consumidores, para partirem para o papel próspero do fornecimento. Explico: entre dedicar cindo horas por dia para jogos eletrônicos, dedique o mesmo tempo para aprender programação para tal prática. Muito provavelmente em dois ou três anos teremos um super profissional na área que estará ganhando extremamente bem. Outro exemplo: pense bem agora. Você conhece alguém, fora profissionais e emissoras, que ficou rico por assistir muita novela ou série? Por acompanhar muito jogos de futebol? Muito provavelmente a resposta será não. Tais pessoas ficam reincidentemente horas e horas no perfil BG (Bunda Grande), sentadas numa poltrona vendo o mundo passar, não se qualificando para algo produtivo para si. E adivinha: a qualificação é uma das maiores carências deste Brasil e não por falta de oferta, mas por ausência de interessados que usam muito mal seus respetivos tempos. Qualificada a pessoa pode empreender, pode evoluir sua empresa, pode trabalhar para alguém, sendo bem remunerada e mudar de vida. Sendo perita participar como consumidora em jogos, novelas/séries terá perdido boa parte do tempo da vida para um mundo de ilusão que pouco ou nada agrega. Muito pelo contrário, retira dinheiro por assinaturas, desejos criados para o consumo e outros artifícios de marketing.
O desenvolvimento pessoal passa muito mais pelo desejo do indivíduo do que aquilo que ofertam para ele. Certo dia falei com uma pessoa de 45 anos que estava reclamando da vida. Disse que as empresas ofertaram muito pouco treinamento para ele. Comecei a refletir e entender que sai de situação de carências como a dele e, na minha época (Estou ficando velho kkk), paguei muito curso, meu estudo superior, especializações e MBA. Não caiu do céu. Algo que, hoje, cai sim: cheio de bons cursos gratuitos que mal aproveitam e ainda têm a insensatez de reclamar da condição de vida.
Por isso passo a entender que, pobreza é, sim, também, uma questão de opção das próprias supostas vítimas. Há casos, sim, de excluídos que precisam de uma reinserção da sociedade que defendo a participação da Sociedade Civil Organizada também, mas há muito desperdício de talento e capacidade produtiva para este país que amarga um “apagão”, sem precedentes históricos, de gente qualificada.
Fecho o diálogo com uma frase da escritora francesa Anais Nin: “Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos.” Talvez você tenha a chance, gerenciando seu bom tempo, de se ajudar ou, se já aproveita o seu tempo, fazer um papel social e econômico de despertar mentes que foram literalmente engolidas pelas armadilhas dos atrativos recreativos continuados que pouco ou nada nos agregam como transformadores de condição de vida.
O momento reserva incríveis oportunidades. Mas exige que filtremos o que nos chega e estabeleçamos foco, disciplina e perseverança no alcance de nossos objetivos.
O ócio improdutivo é importante sim, mas nas devidas proporções. Indivíduos produtivos são os que podem, de fato, entregar o que a sociedade precisa no rumo ao desenvolvimento.
Por Marcelo Silveira Dalle Teze, personal support, consultor empresarial e palestrante