Você é um empreendedor e pode estar cometendo o erro de muitos antecessores que encerraram a atividade sem saber, ao certo, o motivo da derrocada. Quando uma pessoa está doente ela é levada a um médico que, antes de prescrever os remédios, faz a anamnese e requer a coleta de exames que permitem indicadores comparativos que apontam se a pessoa está saudável ou não. Numa gestão profissional não é diferente. Os indicadores financeiros são, de fato, bases fundamentais para ajustes de estratégias que tornam mais assertiva a tomada de decisões.
Grande parte das organizações não têm indicadores, falham em controles e, por falta de uma liderança que tem base de dados, podem estar operando no prejuízo por aspectos como falhas na precificação, comprar mal e obter baixa produtividade da equipe gerada por desempenho e retrabalhos.
Você sabe quanto sua empresa precisa para sair do prejuízo e passar a alcançar lucro, no que chamamos de ponto de equilíbrio? Você sabe, de fato, quanto é o resultado financeiro líquido da sua empresa? Você sabe quanto precisa faturar para pagar um valor determinado de financiamento? Você tem separados e medidos seus custos fixos e variáveis? Você tem, com tais números tomado as decisões necessárias.
Lembrando que para chegar aos indicadores acima um fluxo de caixa bem preenchido faz toda a diferença. E, por incrível que pareça, muitas empresas não fazem corretamente um fluxo de caixa e muito menos uma Análise Gerencial de Resultados. Existem casos em que não há evolução neste sentido pois o gestor se afeta emocionalmente com os números e faz de tudo para fugir da “hora da verdade” a cada mês, um erro que pode ser fatal.
Não são poucos os casos de mercados, indústrias, empresas de materiais de construção, prestadores de serviços e comerciantes operarem no vermelho sem saber. Infelizmente quando partem para a busca por ajuda estão em estado calamitoso. E o que mais leva a chegarem a tal contexto: – mudança na realidade de mercado, o descuido interno com potenciais passivos gerando demandas jurídicas pesadas, comodismo ou despreparo dos envolvidos na comercialização, baixa inovação e descuidos continuados com custos e qualidade.
Há como mudar realidades empreendedoras? Claro que sim, porém sem mágica. A primeira mudança que deve ocorrer é na cabeça de quem dirige a atividade, tendo bases científicas (No que deu certo) para corrigir os rumos da organização, intensificando a implementação de controles e partindo para práticas diferenciadas de liderança.
Falta de liderança e controle gerencial são os primeiros passos para atividades promissoras não darem certo. Muitas vezes um olhar externo pode identificar o que você não está percebendo e orienta-lo e aguçar percepções e partir. Justamente por este motivo existem mentorias e “personal supports” que vão muito além de um coach, eles entendem tecnicamente e possuem conhecimento específico avançado na área de gestão.
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