Por administrador Marcelo Silveira Dalle Teze
“Nosso candidato está preparado para ser prefeito”. Você deve ter escutado repetitivamente esta frase, durante as campanhas eleitorais pelo país. Mas será que, na realidade, isso é verdadeiro? Começando pela capacidade do prefeito eleito se cercar de pessoas melhores do que ele, experientes em setores estratégicos de gestão. O bom prefeito não precisa ser o melhor no saber, mas alguém que sabe compartilhar seus desafios e controlar os resultados do que compartilhou. Se ele descentralizar, tende a ter mais frentes de ações e resultados altamente avançados, se comparado ao prefeito inseguro e centralizador.
Quando menor o preparo do prefeito eleito, mais ele tende a centralizar em si tarefas e controles – não que não tenha de monitorar. Afinal este prefeito despreparado entende que deve ser o dono supremo da sabedoria, o que pode ser um erro que fecha oportunidades para o município concentrar esforços em mais gente. Sua atitude insegura gera represamentos de atividades, limitando a possibilidade de contar com pessoas que conhecem os caminhos para êxito em frentes específicas e sabem o que pode dar certo ou errado.
Há diferença gigantesca entre um leigo (E temos prefeitos leigos) e o preparado. O leigo não estudou muito o assunto a ser trabalhado e nem teve experiências práticas em relação à ele. Tende a definir escolhas em cima do que entende com mais facilidade e, se temeroso, buscará impedir realização de ações que podem ser oportunidades incríveis para o município.
Se tomar ações impulsivas, sem uma boa orientação jurídica e de outras especialidades como apoio e de pessoas preparadas do time, corre, seriamente, o risco de num futuro não muito distante, ter sérios problemas na viabilidade de sua gestão e até mesmo poderá gerar demandas jurídicas perigosas para si e até mesmo para o patrimônio da família.
O prefeito moderno define seu horizonte, onde quer chegar, algo baseado no Plano de Governo e adota caminhos para fazer com que secretários e diretores transformem estes sonhos em planejamento para que se materializem num determinado intervalo de tempo. Algo compartilhado com todo o grupo, validado e, posteriormente monitorado. Tudo através de ações de Gestão Estratégica Compartilhada e mentorias administrativas e jurídicas que dão entendimento de bases de gestão para o gestor público que, tem, sim, motivos para se preocupar, tendo intensamente responsabilidade pelo que decide e faz.
Alguns municípios fazem anualmente gestão estratégica compartilhada de desafios, o que estabelece foco, alta resolutividade, comprometimento do time pelo conhecimento coletivo sobre o que está ocorrendo. É um meio moderno, participativo e que dá, de fato, liderança ao prefeito do município. Sempre lembrando: prefeito não tem que ser o mais preparado entre membros do Executivo, mas o mais articulado, cercando-se de pessoas inteligentes, resolutas e comprometidas com os desafios.