Vivemos, de fato, um momento singular da existência humana que exigirá o máximo de visão, de estratégia e de direcionamento que farão com que negócios existentes sejam reinventados ou caminhem, a exemplo do que ocorreu com os dinossauros, para a extinção. Uma fase em que não é o grande por ser grande que se preservará, mas quem se adaptar mais as mudanças que poderá alcançar patamares evolutivos, tirando proveito do que vem por ai.
Num momento de guerra acirrada na defesa entre um ou outro sistema posso afirmar que, pela força da transformação tecnológica, indiscutivelmente caminhamos para um social capitalismo. As pessoas receberão – num futuro não muito distante – um salário para viver e mover as engrenagens do capitalismo. Afinal, sem a repartição de renda o capitalismo, por si só, corre o risco de colapsar.
A própria Revista Time evidenciou numa de suas publicações que “até 2025 governos deverão implantar o ganho vida para suprir espaço ocupado pela robótica e pela informática. Mais de 60% das vagas de trabalho existentes desaparecerão”. Realidade assustadora que exigirá novas estratégias dos gestores públicos e privados uma visão diferenciada, determinação, integração e uma imensa vocação tecnológica para fazer dos problemas gerados por tamanha transformação belíssimas e promissoras oportunidades.
Estudos de instituições respeitáveis dos Estados Unidos apontam que em 2019 teremos inteligência artificial com emoção. Ou seja: se você xingar um robô muito possivelmente ele ficará magoado e manifestará “sentimentos” e assim teremos, a cada ano, evoluções quase que inimagináveis.
Em 2023, logo alí, impressoras 3D conseguem imprimir roupas e materiais para montagem de casas e prédios; as pessoas terão liberação para conduzirem carros autônomos nos EUA e alguns outros países; robôs domésticos se tornam normais em alguns lares de renda média, capazes de fazer leitura labial, reconhecimento facial e de gestos com clareza e mais: robôs conversam naturalmente e atuam como recepcionistas, assistentes de lojas e escritórios.
Em 2025, não muito mais longe, o número de vôos de drones diários chega a 10.000.000 (100x mais do que hoje); os drones entregarão pacotes rotineiramente aos telhados dos prédios e casas e robôs de superfície pegam esses pacotes e os encaminham de porta em porta e veículos autodirigidos ganharão espaços e serão computadores sobre rodas.
Em 2027 as vendas de veículos elétricos compõem metade das vendas totais de automóveis; Lidar com inteligência artificial aumentada é considerado um requisito para a maioria dos empregos; A posse de carros sai de moda e os veículos autônomos dominam nossas estradas e 100.000 pessoas transitam em Los Angeles, Tóquio, São Paulo e Londres em veículos de decolagem e aterrisagem vertical.
Em 2029, nove anos, as energias solar e eólica representam quase 70% do consumo mundial; robôs terão relacionamentos reais com as pessoas, dando suporte aos idosos, cuidando da higiene pessoal e preparação de alimentos e olhe só robôs para relações íntimas passam a ser populares; o preço da eletricidade tenderá a cair e o consumo de insetos como proteína humana se intensificará quase sem que percebamos e mais de 15% do que será produzido surgirá a partir da impressão 3D.
Em 2033 seu cérebro poderá ser transportado virtualmente através de robôs avatares se tornam populares, permitindo que qualquer um possa teleportar sua consciência para locais remotos em todo mundo; robôs serão comuns em todos os locais de trabalho, eliminando todo trabalho manual e interações repetitivas (Guias turísticos, recepcionistas, motoristas e pilotos, serventes e construtores).
Há 4,5 milhões de anos começamos a evoluir a partir da redução do dimorfismo sexual (Diferença de tamanho entre homens e mulheres) e da capacidade de produzirmos ferramentas úteis nas atividades nômades. Saímos do foco exclusivo em procriar e se alimentar. Até então quase nada transformamos no planeta. Em pouco mais de 200 anos conseguimos obter um salto sem precedentes na transformação dos recursos naturais e da vida dos seres humanos. Com esta transformação nos deparamos, também, com a corajosa necessidade de adaptação a mudança.
O estadista francês, Victor Hugo, no distante ano de 1870 disse uma frase atual. Que o “ futuro tem muitos nomes: Para os fracos é o inalcançável. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes é a oportunidade.”
Negócios responsáveis, economia circular, ativismo, compra imediatista, marketplace, consumidor soberano, atividades compartilhadas, auto produção, consumo investigativo, glocalismo, cliente participativo, minimalismo, cocriação, robótica intensificada, produtos inteligentes, internet onipresente, inteligência artificial e outras transformações quase que inimagináveis exigirão de gestores um entendimento circunstancial e, acima de tudo, atitudes que transformam o desconhecido em oportunidades.
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