Se você possui uma empresa que vem apresentando lucros e tem uma operação devidamente controlada e bem gerida há uma alternativa que pode potencializar seus resultados. A criação de franquias da sua marca. Uma das mais utilizadas é a franquia de terceira geração em que há a liberação, via contrato, para um terceiro de marca, conhecimento e produtos de uso exclusivo para que este franqueado tenha aceleradas ações que venham tornar mais competitiva sua atividade.

O franqueador poderá criar uma rede de empresas franqueadas, algo que lhe permite algumas vantagens: o capital das novas unidades não é seu (É do franqueado), a responsabilidade por trabalhadores da unidade franqueada geralmente não é sua e ainda poderá obter resultados financeiros com a venda de produtos, taxa de adesão, royalties (Valor mensal repassado pela franquia) e outras taxas.

É difícil montar uma franquia? Depende muito do estágio em que está sua empresa. Quanto mais formalizada e com processos bem estabelecidos, tendo, também, registro de marca no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual e um histórico que torne mais seguro para o franqueado empreender você tem possibilidades de agilizar o processo de criação de uma franqueadora.

Existem empresários afoitos que querem, de uma hora para outra, criar franquias. Buscam ganhar taxas de adesão e royalties o quanto antes, o que é um erro. Nem mesmo elaboram bem uma Circular de Oferta de Franquia -COF e contratos e saem, desesperadamente, procurando interessados em adquirir a franquia. E o pior: muitas vezes vendem franquias sem analisar se o modelo franqueado dá, de fato, lucros para quem o adquiriu. Aí o resultado pode ser catastrófico. Afinal se alguém empreende confiando em ter resultados e não os obtém pode ficar muito insatisfeito e gerar todo tipo de problema, inclusive demandas jurídicas contra o franqueador que optou com caminhos encurtados e as tais consultorias de “contrato copia e cola” para criar a rede de franquias.

Seja um franqueador bem posicionado no mercado. Venda o que dá de fato resultado e, para isso, um bom projeto piloto faz diferença – apesar da legislação não o exigi-lo. Uma medida que atrasa um processo de franqueabilidade mas, por outro lado, acelera a assertividade em evitar demandas contrárias futuras. A atividade de franchinsing deve, por essência, ser positiva para as duas partes.

Costumo, em projetos de franqueabilidade, olhar, em primeiro lugar, o que o franqueado ganha, entendendo se a atividade dele será viável ou não para, só depois, começar a analisar os impactos da atividade para o franqueador e sua estrutura necessária para atender com maestria o que se comprometeu contratualmente a entregar. Afinal não é pequeno o número de franquias que entrega deficitariamente o que se comprometeu criando relações fragilizadas e até mesmo o comprometimento futuro da atividade.

Contar com um franqueador que dá, de fato, o suporte, o conhecimento e a base necessária faz toda a diferença e minimiza, significativamente, os riscos de fracasso do empreendimento do franqueado. Negócio bom é o que todos saem ganhando com ele…

Honestidade, transparência, comprometimento entre franqueador e franqueados pode fazer toda a diferença. Existem franqueados que caem em verdadeiras armadilhas contratuais que começam por Circulares de Oferta de Franquia – as COFs que pouco se comprometem a entregar e contratos que repetem a mesma condição. Além disso apresentam diversos limitadores que praticamente posicionam o franqueado numa condição de grande fragilidade diante do franqueador, o que é outro ponto que seguidamente identificamos e alertamos, quando há tempo de não assinar o contrato.

Um franqueador bom não é escolhido pelo franqueado, ele define o franqueado que quer. Um franqueado que não quer dor de cabeça deve ler bem as entregas e ter o detalhamento, escrito, oficializado dela. A história do comprometimento verbal, nestes casos, pode ser o começo de fortes dores de cabeça num futuro não muito longínquo.

O modelo de franquias é altamente interessante para quem não tem conhecimento específico de uma determinada área, pouco conhecimento administrativo e disponibilidade de tempo para acompanhar a atividade. Já se você conhece profundamente a área e tem boas bases de gestão, ao invés de buscar comprar uma franquia pense em fazer um bom plano de negócios e contar com bom suporte técnico na criação da atividade.

Já quem é franqueador ou potencial franqueador firmar contratos de franchising sem pessoas com o perfil ideal pode ser o começo do fim de um sonho de expansão. Pessoa errada pode não fazer acontecer, gerar problemas no território e desgastar a marca que você tanto sonhou em potencializar e criar uma rede de estabelecimentos.

Os riscos e as oportunidades existem tanto para quem busca criar sua franqueadora quanto para quem pensa em realizar o sonho de ter a própria franquia.